No entanto, estas situações podem ser prevenidas com a disciplina e o treino. Os soldados e os seus lideres devem conhecer os perigos da exposição ao frio e consciencializar-se da importância da higiene pessoal, do exercício, dos cuidados com os pés e as mãos e do uso de roupa protectora.
- FACTORES CONTRIBUINTES:
Tipo de operação - Um soldado está mais propenso a sofrer lesões devidas ao frio em situações que exijam: contacto prolongado com o solo, imobilidade por periodos longos, permanência dentro de água, permanência no exterior durante vários dias e privação de dieta, descanso e higiene pessoal adequados.
Fardamento - Devem usar-se várias peças de roupa, não muito justa, para evitar diminuição da circulação periférica. É preferivel sentir frio ligeiro do que calor excessivo, que provoca sudação, humedecimento da roupa e subsequente arrefecimento corporal. Devem despir-se uma ou duas "camadas" antes de realizar um trabalho pesado (ou entrada em ambiente mais quente), voltando a vestir-se após a conclusão do mesmo.
Qualquer tipo de roupa molhada (luvas, botas, meias, etc), favorece o processo de lesão.
Forma fisica - A fadiga contribui para a inactividade, perda do auto-cuidado e redução da produção de calor, pelo que favorece o aparecimento de lesão.
Preparação psicológica - A fadiga mental e o medo reduzem a capacidade de reaquecimento, aumentando a incidência de lesões, o mesmo acontecendo com soldados deprimidos. Estes soldados tendem a ser negligentes consigo próprios, descuidando a prevenção, face à ameaça das baixas temperaturas.
- NOÇÕES TERAPÊUTICAS:
Casos superficiais, podem ser adequadamente tratados por aquecimento da parte afectada usando o próprio calor do corpo. Por exemplo, cobrindo a face com as mãos, colocando as mãos nas axilas, ou os pés debaixo da roupa de um camarada junto ao seu abdómen. A parte lesionada não deve ser massajada, agitada, ou exposta a fogo. Deve-se evitar caminhar quando existe lesão nos pés.
Casos profundos (por ex: queimaduras pelo frio), podem ser muito graves, requerendo tratamento mais intensivos, para evitar ou reduzir ao mínimo a perda de parte dos dedos, mãos ou pés. A prioridade é retirar o corpo do frio, enquanto se providencia a evacuação para instalações médicas.
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