ENTRAR COM O PÉ DIREITO....

MAJ Inf Sérgio Marques

Desde o início da participação Portuguesa na Bósnia-Herzegovina, a situação nesse TO tem vindo a melhorar, muito por mérito do empenho da força da OTAN.
Apesar da diminuição da probalidade de emprego das forças da OTAN em operações de combate, continua q considerar-se adequada a utilização de militares neste TO. Desta forma, o nosso Agrupamento foi preparado para participar num largo espectro de operações, estando vocacionado para a manutenção de paz, mas capaz de lidar com uma escalada do conflito.
Em consequência da redução da conflictualidade no TO e do grau de ameaça às forças da OTAN, a IFOR foi transformada em SFOR e esta última tem sofrido reduções sucessivas em meios humanos e materiais, exigindo um crescente esforço em mobilidade e flexibilidade das forças em missão, numa área de responsabilidade (AOR) com estradas de fraca qualidade, muitas áreas minadas, caracteristicas climatéricas extremas e de alguma complexidade étnica e religiosa.
Todas as operações militares apresentam riscos para o pessoal . Esta não é excepção. E umas das preocupações principais do comando é a Protecção da Força. Assim, com base nas caracteristicas da AOR, no facto de se verificar uma percentagem significativa de baixas provocadas por acidentes de viação e incidentes com minas, tendo em vista um entrada no TO sem percalços, consideramos útil salientar algumas das situações que poderão criar maior perigo aos militares do Agr GOLF.

Movimentos e viaturas

• Nos semáforos, a cor amarela acende quer do vermelho para o verde quer na situação inversa;
• Mesmo com o semáforo verde, é necessário cuidado com viaturas a cruzar vermelho;
• É necessário manter distâncias de segurança adequadas em relação a viaturas militares e principalmente a viaturas civis, principalmente se velhas. "Acidentes" com viaturas da SFOR podem ser encarados como uma fonte de rendimento. Para além disto, os condutores, com frequência:

- Não usam o pisca-pisca;

-Travam bruscamente;

-Ultrapassam em curvas, lombas e cruzamentos.

• Surgem nas estradas com frequência, veículos de tracção animal e derrocadas:
• Devem guardar-se os períodos de descanso e abstinência de álcool necessários a uma condução segura;
• No inverno:

-Usar correntes de neve bem ajustadas;

-Em estradas geladas, ter extremo cuidado, à noite e durante o dia em zonas de sombra, onde o gelo não derrete.

 Relacionamento com a população

• A grande dimensão da AOR, principalmente no inverno facilita o isolamento de patrulhas a grande distância do Campo Dannervike e potencia o contacto de forças de escalão reduzido com a população;
• Como estamos enquadrados numa Brigada Americana, com a actual situação no Iraque e com a luta contra o terrorismo global, numa área que engloba etnias tão diversas, poderão originar situações mais delicadas que exijam atenção reforçada no procedimentos de segurança;
• As crianças são amistosas e quando habituadas a receberem guloseimas aproximam-se demasiado das viaturas, mesmo em andamento, podendo originar atropelamentos;
• Nos períodos de lazer é proibido circular nas áreas referenciadas como proibidas pela SFOR. 

Armamento e minas

• As bermas não conhecidas das estradas deverão ser consideradas como terreno minado. Devem fazer-se as paragens mantendo as viaturas, e os militares quando apeiam, sobre o alcatrão;
• Não mexer em minas ou outros engenhos explosivos, nem receber este tipo de engenhos, ou sequer deixar aproximar elementos locais que os queiram entregar. Mandar pousar no chão a uma distância de segurança adequada;
• Executar as operações de segurança regulamentares e, sempre, à entrada do aquartelamento.

Dos aspectos salientados para melhorar o nível de protecção da força, releva a necessidade de utilizar numa condução defensiva, manter um bom relacionamento com a polpulação sem conduto descurar a segurança, seguir as regras definidas pela SFOR e ter extremo cuidado no tratamento com armas, minas e outros engenhos explosivos.
Vamos entrar com o pé direito... para sair com os dois a andar!